Para ensinar efetivamente, é crucial ver o aluno como um ser único e entender as suas experiências emocionais. O medo e as ideias preconceituosas podem inibir a criatividade do professor.
“Nossa sorte é não sermos feitos do que os outros pensam”
Texto desenvolvido em parceria com nosso psicólogo, Dr. Carlos Alberto Rodrigues.
Nossa equipe especializada em aulas particulares para crianças constantemente recebe ligações que começam com algo assim: “Será que vocês vão conseguir ajudar a gente? Precisamos de uma professora preparada… Vou contar o que acontece.” Ouvimos, felizes e confiantes de que esta é a oportunidade para iniciar mais um lindo caminho de aprendizagem.
Para pensar novas idéias, temos que, antes de tudo, desarmar nossas idéias feitas, e assim, olhar para o aluno como um SER, com as capacidades cognitivo-emocionais peculiares às suas experiências. Na visão médica, existe um remédio para quase tudo, inclusive para questões emocionais; nas educacionais, qual é o remédio, quando o professor se vê numa saia justa, fora de sua zona de conforto, encarando um comportamento novo, especialmente com condutas emocionais inesperadas?
Em função da atual e constante necessidade de se ter uma precisão diagnóstica para cada comportamento tido como atípico, desenvolvemos certo medo de lidar com o desconhecido. O medo pode criar defesas e obstáculos na relação, por isto tende a inibir a criatividade do professor: o medo nos faz sentir presos no problema em si, e não na liberdade do relacionamento professor-aluno, ao mesmo tempo que os recursos a ser utilizados dependerão da base deste relacionamento.
Em um de nossos workshops inesquecíveis com o Dr. Carlos Alberto Rodrigues, referência em psicopedagogia, nossas professoras tiveram os olhos vendados, bocas “coladas”, mãos amarradas… Pudemos entender, por alguns minutos, o que é conviver com estas adversidades enquanto tentávamos desempenhar as atividades propostas. Dificuldades de leitura e cognitivas podem ser experimentadas pelo professor quando este tenta aprender um novo idioma, ou ler um texto em um idioma que não domina mais que poucas palavras. Qual a sensação? O que atrairia sua atenção para este material?
Igualmente, em nossas aulas de inglês particulares ou em grupo, trabalhamos com uma grande quantidade de variações comportamentais, desde alunos que amam as aulas, outros que estão tímidos, os que estão “de saco cheio todo dia”, casos leves, moderados e severos de autismo, alunos fora do padrão neurotípico ou físico típico, dentre outros perfis. Como lidar com cada criança, adolescente, cada ser que passa pelas nossas vidas, deixando marcas positivas neles e em nós? Como tornar o aprendizado leve, apesar de possível falta de conexão inicial entre os envolvidos?
Olhar para o aluno como um SER, agir com acolhimento e aprendizagem, colocar-se (muitas vezes, quase que literalmente) no lugar do outro, escutar e har com atenção, interesse e livre de julgamentos, devem ser os primeiros passos para a construção de qualquer relacionamento e, sem esse, dificilmente o aprendizado significativo será possível.
É como disse Carl Jung há muito tempo: Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.
#EducaçãoEmocional #Psicopedagogia #AulasParticulares #Aprendizagem
Managing anxiety in language learning is crucial. Try Mindfulness techniques like Body Scan or Anchoring to stay calm and focused during your practice. Let’s relax and follow the steps bellow.
Part of the difficulty in speaking a new language comes from being anxious. It is not something we plan but a reaction of the body, not harmful if we know how to work with it. While anxious, we also put ourselves on the alert, so the important thing is to work to keep anxiety under control, at a reasonable level and beneficial to the results we hope to achieve. Here are two relaxation techniques based on Mindfulness technique:
1. If you have some time, do a body scan: You can either record your own voice or memorize each step. A typical Body Scan runs through each part of the body, paying special attention to the way each area feels, the scan usually moves as follows:
2. If you are in a hurry try Anchoring:
One of the best ways to calm yourself down is to anchor yourself by directing your attention into the lower half of your body. Begin by focusing on your feet and how they feel inside your socks or shoes and against the ground. Expand your attention to include the sensations first in your lower legs and then in your upper legs – do they feel heavy or light? Warm or cool? Tingly or numb? Now include the sensations of your breathing, really relaxing as you breathe out.
This is a great way of anchoring yourself and you can do it any time, with your eyes open or closed, while sitting or even while walking around. Anchor yourself. Then breathe.
Once knowing that anxiety is controlled, we can continue with a simple Mindfulness technique to develop focus and stimulate the cognitive thinking.
Wake up notes: Here’s how you use wake up notes:
Some of us have been doing at T&F and it has been amazing! Would ou like to try out? After practicing the techniques above for several times, share with us the results!
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Desde o nascimento, a criança aprende e se comunica através da experiência sensorial e prática. Pais e educadores devem entender e apoiar esse processo de desenvolvimento.
Por: Dr. Carlos Alberto Rodrigues
Desde quando a criança é concebida no ventre materno começa a conhecer o mundo através das mais variadas condições ambientais. Logo no início, especialmente quando é submetida ao parto normal, instintivamente e por ela mesma, contribui ajudando a mãe no esforço do seu nascimento. Após o nascimento, quando estimulada a se alimentar, sabe o que fazer e como fazer, mesmo que muitas das suas funções não estejam prontas, como por exemplo: a capacidade motora, funções da fala e do pensamento lógico.
O conhecimento que ela adquire no começo de sua vida, pós nascimento, é visivelmente notório.
Os pais, familiares e amigos, chamam as ações da criança de esperteza.
Entendemos dentro dessa esperteza a capacidade de observar e transformar suas observações em sensações ou sensibilidade para lidar com as coisas que gostaria de ter ou coisas que gostaria que acontecesse. Vemos, como exemplo, aos dois anos de idade, ela insistir por um tablet mesmo que não conheça suas funcionalidades.
A criança parte do ponto de vista da experiência e pela experiência adquire conhecimento, enquanto o adulto parte do ponto de vista do discurso ou da razão, por isto a maior parte das crianças vence a batalha da aquisição do que quer, pois a experiência a estimula para o desenvolvimento de estratégias sensoriais, ou seja: na prática, quando o ambiente lhe nega o que quer.
A criança, já com o conhecimento sensorial do meio, provoca desde uma carinha triste, ou uma fala insistente com argumentos variados até uma reação de vômito, pois ela sabe instintivamente que estes comportamentos deixam seus pais preocupados ou envergonhados, principalmente quando estão em público.
O aprendizado sobre si e sobre o outro lhe é inerente, pois ela está na órbita da sensibilidade, que dificilmente será traduzida por palavras mas sim por ações práticas. É por isso que o adulto muitas vezes é controlado pela criança e não o contrário, como deveria ser.
A criança desde cedo tem a capacidade de lutar pelo que quer, é insistente, mesmo não sabendo construir uma fala ainda. Cabe aos pais interferir no processo de aprendizagem, colocando limites quando necessário o que dará, à criança, futuramente, autonomia e discernimento sobre suas ações.
A criança quer ser livre… quer aprender.
Já ouvimos dizer pelo Içami Tiba: “Quem ama educa.”
Faz parte do aprendizado dela, ser educada para o convívio com os outros e ser educada para SER alguém que sabe o que quer.
O fato da criança ter tudo, não a faz livre e feliz, muito pelo contrário, a aprisiona em si mesma, desenvolvendo ansiedade, arrogância, intolerância a frustrações (pois não vivemos no mundo dos “sim”), insegurança e falta de criatividade. Tudo isso porque o mundo fica muito fácil dessa maneira e ela não precisa lutar por nada, o que pode inibir sua capacidade de escolha, exercício fundamental da liberdade. Lembremos aqui do trabalho em equipe com sua mãe que a criança desenvolveu ao nascer, especialmente em parto normal, se foi nesse momento capaz de participar, deste grande evento, com seus próprios meios, então, ela pode muito mais.
Mesmo que a criança queira ser o seu próprio mestre é necessário que ela desenvolva a capacidade de ser aluna, para que adquira a capacidade de ouvir. Treinar a capacidade de ouvir é dinamizar a comunicação, pois a força da comunicação está no ouvir e não no falar, pois uma audição mal interpretada pode gerar uma fala injusta.
Cabe aos pais perceberem o quanto a criança se esforça para compreender o mundo adulto, se esforça tanto que às vezes o imita e faz tudo para agradar, principalmente quando se sente ameaçada. Isto demonstra que a criança traz para o “simbólico” aquilo que não sabe ainda como manifestar. Por isto que muitas vezes ela pede aos pais, para que lhe deem limites e lhe chamem atenção quando necessário. Ela não sabe dizer isto claramente, mas atua através de comportamentos de birra, manha, xixi na cama e outras atuações simbólicas. É a linguagem dela.
Muitas e muitas questões nos colocam à prova e nos obrigam, no mínimo, a compreender um pouco mais o mundo infantil, o qual se apresenta inicialmente simples, porém, complexo em suas manifestações e traduções.
Nesse momento, cabe aos educadores e aos pais, uma reflexão sobre essa realidade, pedindo auxílio quando for o caso, sendo flexíveis para abandonarem velhas estratégias e conciliando-se com uma nova visão de conceitos, princípios, valores e crenças.
Muitas vezes, a própria criança está nos convidando para um mundo novo. Com isso, essa dinâmica de relacionamento pode acontecer com discernimento, estabelecendo limites, regras e, ao mesmo tempo, um mútuo conhecimento, sem rótulos ou enquadramentos, por isso é fundamental que percebamos os fundamentos da palavra relacionamento.
Relacionar, significa refazer laços, sendo que laço é um nó que se desata facilmente, isto significa que Relacionar é aprender sobre o outro, e todo aprendizado é um crescer constante, pois quando o laço é refeito jamais será o mesmo laço, pois a criança cresce com os valores que adquiriu dos conhecimentos escolares e dos conhecimentos de casa, gerando filhos para um novo refazer de laços, para um novo aprendizado. Pai e mãe são escultores de novas vidas.
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